A UBS Group AG, que comprou recentemente o Credit Suisse, e o Governo de Moçambique chegaram a um acordo extrajudicial antes do inicio de julgamento no dia 3, em Londres, no caso das dívidas ocultas, que lesou o Estado em cerca de dois milhões de dólares.
“As partes isentaram-se mutuamente de quaisquer responsabilidades e reivindicações relacionadas às transações”, afirmou o UBS em comunicado, que acrescentou que “as partes estão satisfeitas por terem resolvido esta disputa de longa data”, sem dar mais detalhes.
No acordo, o UBS perdoará parte de um empréstimo que o Credit Suisse fez a Moçambique em 2013, representando menos de 100 milhões de dólares, disse uma fonte familiarizada com a situação. que não quis ser identificado porque os termos não são públicos, citada pela Reuters.
O caso remonta a acordos entre empresas estatais moçambicanas e o construtor naval Privinvest - financiados em parte por empréstimos e títulos do Credit Suisse e apoiados por garantias não reveladas do governo moçambicano em 2013 e 2014 - aparentemente para desenvolver a indústria pesqueira e um projeto de segurança marítima.
Entretanto, centenas de milhões de dólares desapareceram e, quando a dívida pública veio à tona em 2016, doadores como o Fundo Monetário Internacional suspenderam temporariamente o apoio, desencadeando um colapso monetário, incumprimentos e turbulência financeira.
Em 2021, o Credit Suisse concordou pagar quase 475 milhões de dólares para resolver múltiplas investigações sobre o seu papel no das dívidas ocultas num acordo com o Departamento de Justiça dos EUA.
C/Reuters
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