O Presidente americano disse ter "herdado uma grande confusão" no Governo e que o seu Executivo trabalha como "uma máquina bem regulada".
Donald Trump fez esta declaração numa conferência de imprensa nesta quinta-feira, 16, na Casa Branca, depois de anunciar o nome de Alex Acosta, filho de pais cubanos, para secretário do Trabalho, o primeiro latino do seu Governo.
Ele "tem uma carreira impressionante", disse Trump acrescentando que "será um fantástico secretário de Trabalho".
Ex-procurador da Flórida, Acosta chegou a integrar a divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça durante a Administração de George W. Bush (2001-2009).
Acosta foi escolhido depois que Andrew Puzder desistiu de assumir a função, em virtude de saber que não teria apoios suficientes dos republicanos no Senado
No passado, Puzder contratou serviços domésticos de um empregado em situação ilegal no país e foi acusado pela antiga esposa de violência doméstica.
Numa conversa de mais de uma hora com os jornalistas, Donald Trump disse ter “herdado uma confusão" no Governo e que fez muitos avanços como renegociações de contratos "terríveis" para economizar dinheiro.
Críticas à imprensa
"Acho que nunca houve um Presidente eleito que fez em tão pouco tempo o que nós fizemos", afirmou antes de voltar a criticar a imprensa.
Trump afirmou que o optimismo regressou ao país e as fábricas começam a trabalhar outra vez, mas a imprensa não diz a verdade sobre seu Governo.
Os grandes meios de comunicação não falam para o público, mas para atender aqueles que lucram com um "sistema quebrado", na óptica de Trump.
"A imprensa ficou tão desonesta que se não falarmos sobre isso estaremos fazendo um mau serviço ao povo americano", apontou o Presidente, acrescentando que “o nível de desonestidade está fora de controlo".
Trump revelou que vê reportagens sobre caos no seu governo, quando na verdade trabalha como uma "máquina bem regulada".
Fugas de informação
O Presidente disse ainda ter pedido ao Departamento de Justiça que investigue a fuga de dados sensíveis para imprensa, o que considerou ser um "acto criminoso".
Para o líder americano, as notícias de contactos entra a sua equipa de campanha e a inteligência russa são "falsas", assim como as supostas conversas do seu ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, com o embaixador russo em Washington.
"Eles não sabem nada disso. Não foram à Rússia. Nunca fizeram um telefonema para a Rússia. Nunca receberam um telefonema. São informações falsas", reiterou.
O Presidente americano revelou ainda que emitirá um decreto na próxima semana para manter o povo norte-americano seguro, já que a proibição temporária de entrada nos Estados Unidos de pessoas de sete países de maioria muçulmana permanece suspensa por um tribunal federal.
"Vamos emitir um decreto novo e muito abrangente para proteger nosso povo", garantiu.