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Embaixadora americana na ONU defende "dois Estados" como solução para crise entre israelitas e palestinianos


Nikki Haley admite outras "alternativas"
Nikki Haley admite outras "alternativas"

A embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, declarou nesta quinta-feira, 16, que os Estados Unidos apoiam "totalmente" a solução de dois Estados para resolver o conflito entre israelitas e palestinianos, sem descartar "alternativas", que não especificou.

"Nós apoiamos totalmente uma solução de dois Estados, mas também estamos pensando em alternativas", afirmou Haley a repórteres após uma reunião do Conselho de Segurança sobre o Médio Oriente.

Ontem, após um encontro com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu na Casa Branca, o Presidente americano Donald Trump afirmou que o seu país não iria se opor a esta solução de dois Estados.

Trump afirmou que os Estados Unidos vão incentivar um "grande acordo de paz" e que caberá aos dois lados negociar directamente e assumir compromissos caso cheguem a um acordo.

Questionado sobre se apoiará uma solução de dois Estados, Trump indicou que poderia seguir o que fosse decidido pelas duas partes.

"Estou considerando dois Estados e um Estado, e eu gosto daquela [solução] que as duas partes gostarem. Eu estou muito feliz com aquela que as duas partes gostarem”, disse ele.

Durante a reunião do Conselho de Segurança de hoje em Nova Iorque, o enviado das Nações Unidas para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov, defendeu que a "solução de dois Estados é o único caminho" possível para pôr fim ao conflito entre israelenses e palestinos.

"A solução de dois Estados continua a ser o único caminho para conseguir as legítimas aspirações nacionais dos dois povos", disse Mladenov ao Conselho e afirmou que os "eventos recentes" em torno do conflito devem preocupar todo o mundo, advertindo contra fórmulas pouco definidas para tentar solucionar o conflito.

A chamada solução de dois Estados tem o respaldo praticamente unânime da comunidade internacional e foi a opção defendida pelos Estados Unidos desde a presidência de Bill Clinton.

Mladenov também disse que para avançar, é necessário que Israel detenha a expansão dos assentamentos e que os palestinos atuem face à violência e incitação.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou que a criação de um Estado palestiniano é "a única solução".

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