Com um aperto de mão, um radiante Donald Trump deu as boas-vindas ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no primeiro encontro presencial em quase quatro anos nesta sexta-feira,26, em Mar-at-Largo.
O encontro acontece depois de Trump ter-se desentendido com Netanyahu, depois do primeiro-ministro ter felicitado Jor Biden pela sua vitória em 2020.
Perante os repórteres antes de os dois se sentarem para conversações numa sala em Mar-a-Lago, Netanyahu entregou a Trump uma fotografia emoldurada que, segundo o líder israelita, mostrava uma criança que foi levada cativa por militantes liderados pelo Hamas nas primeiras horas da a guerra.
“Vamos tratar disso”, disse Trump.
Num comunicado mais tarde, os conselheiros de Trump disseram que o candidato republicano se comprometeu a "fazer todos os esforços para levar a paz ao Médio Oriente" e a combater o anti-semitismo nos campus universitários se os eleitores norte-americanos o elegerem para a presidência em Novembro.
A viagem de Netanyahu à Florida segue-se a um discurso inflamado numa reunião conjunta do Congresso na quarta-feira, 24, em que defendeu a conduta do seu Governo na guerra e condenou os manifestantes norte-americanos galvanizados pela morte de mais de 39 mil palestinianos no conflito.
Em conversações na quinta-feira em Washington, Biden e a vice-presidente Kamala Harris, adversária democrata de Trump à Presidência, pressionaram Netanyahu para trabalhar com eles para chegar a um acordo de que permita o cessar-fogo e a libertação de reféns.
Tanto Trump como Netanyahu têm fortes interesses políticos em ultrapassar as suas diferenças.
Enquanto Presidente, Donald Trump foi muito além dos seus antecessores no cumprimento dos principais desejos de Netanyahu por parte dos Estados Unidos.
Para Trump, agora candidato presidencial republicano, o encontro poderá levá-lo a ser considerado um aliado e estadista, bem como intensificar os esforços dos republicanos para se apresentarem como o partido mais leal a Israel.
As divisões entre os americanos sobre o apoio dos EUA à guerra de Israel contra o Hamas em Gaza abriram fissuras em anos de forte apoio bipartidário a Israel, o maior beneficiário da ajuda dos EUA.
Para Netanyahu, reparar as relações com Trump é imperativo dada a perspetiva dele poder voltar à Casa Branca, principal fornecedor de armas a Telavive.
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