O Presidente americano revelou nesta quinta-feira, 2, ter advertido formalmente o Irão depois do recente teste de míssil, uma acção estimulada, segundo Donald Trump, pelo acordo nuclear sobre o programa nuclear iraniano que ele classificou de "desastroso".
"O Irão foi formalmente advertido por ter lançado um míssil balístico. Deveria agradecer ao desastroso acordo que os Estados Unidos assinaram com eles!", afirmou Trump no Twitter, repetindo os comentários similares do assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn, na quarta-feira.
Nem Trump nem Flynn esclareceram quais as consequências que poderá ter a advertência em termos práticos.
"O Irão estava exausto e quase a cair até que chegaram os Estados Unidos e o salvaram com o acordo: 150 mil milhões de dólares", acrescentou o Trump, em referência ao total que, segundo ele, representam as sanções levantadas em troca do acordo nuclear alcançado em Junho de 2015 pelas seis grandes potências mundiais.
Ontem, o ministro iraniano da Defesa, general Hossein Dehghan, confirmou a realização de um teste de míssil, denunciado pelos Estados Unidos e afirmou que isso não constitui uma violação do acordo nuclear.
"Esta acção não está em contradição com o acordo nuclear, nem com a resolução 2231 que o ratificou”, declarou Dehghan, acrescentando que o teste ocorreu no âmbito "do programa defensivo e vai continuar".
A nova embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, declarou, por sua vez, que o teste com mísseis balísticos de médio alcance, realizado pelo Irão no último fim de semana, é algo "absolutamente inaceitável".
"Teerão sabe que não deve fazer testes de mísseis balísticos", disse Haley.
A União Europeia também expressou a sua preocupação quanto ao programa de mísseis iraniano e pediu que Teerão não "aprofunde as desconfianças" com testes balísticos.