A cimeira da troika da Comunidade de Desenvolvolvimento da África Austral (SADC) realiza-se na quinta-feira, 27, em Maputo, sob a liderança de Filipe Nyusi, que é o actual presidente da organização.
Prevista inicialmente para Abril, a reunião foi adiada, alegadamente, porque o Presidente da Tanzânia estava de quarentena e Cyril Ramaphosa, da África Sul, tinha uma audiência no tribunal.
Observadores, no entanto, apontam como causa para o adiamento a relutância de Nyusi em aceitar uma força militar da SADC, proposta pelo comité de peritos da organiação depois de uma visita a Cabo Delgado.
A força militar teria cerca de três mil homens e material pesado para combater os terroristas que provocaram mais de duas mil mortes e mais de 700 mil desalojados desde Outubro de 2017, além de terem destruído muitas infraestruturas.
Nyusi tem repetido que prioriza contactos e ajuda de países, mas observadores e fontes bem informadas apontam que, nos últimos dias, e depois de muita pressão de países como a França e líderes próximos como Cyril Ramaphosa, da África do Sul, e Paul Kagami, do Rwanda, que terá oferecido homens, o Presidente moçambicano deve aceitar a ajuda militar, mas com algumas condições.