A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique viu o Supremo Tribunal de Recurso sul-africano rejeitar o pedido de autorização para recorrer contra a extradição do ex-ministro das Finanças Manuel Chang para os Estados Unidos.
O director do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) Adriano Nuvunga, que lidera a advocacia para que o antigo ministro seja julgado nos Estados Unidos, confirmou à VOA a decisão do tribunal, tomada no passado dia 8.
Para Nuvunga, “as malas têm de começar a serem feitas para Manuel Chang ir para os Estados Unidos”, depois desta “vitória contra a impunidade, desta vitória contra a corrupção”.
Aquele activista social adverte que a PGR pode ainda recorrer, o que significa “gastar dinheiro público para o qual não tem autorização”.
Em Junho, o Tribunal Constitucional já tinha rejeitado o pedido da PGR para recorrer da extradição de Manuel Chang.
Manuel Chang foi preso a 28 de Dezembro de 2018 na África do Sul a pedido da justiça americana e em Novembro do ano passado, depois de uma longa batalha jurídica, a justiça sul-africana decidiu pela sua extradição, mas o Governo ainda não a autorizou devido aos recursos interpostos de Moçambique.
O antigo ministro, considerao o pivot das acusado de defraudar investidores americanos que apostaram no projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique, que, no entanto, não saiu do papel e lesou ao Estado 2,2 milhões de dólares.
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