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Tribunal das Maurícias congela mais 33 contas de empresário suíço-angolano


Maurícias apertam o cerco
Maurícias apertam o cerco

Jean-Claude Bastos de Morais, ligado a José Filomeno dos Santos, já tem 58 contas congeladas num montante de 297 milhões de dólares

O Supremo Tribunal das Maurícias ordenou, na segunda-feira, 9, o congelamento de mais 33 contas bancárias ligadas ao empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais.

Mais contas congeladas nas Mauricias -2:20
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No domingo, outras 25 contas ligadas àquele empresário, que mantém estreitas ligações com o antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno Soares, foram congeladas.

A ordem foi dada a pedido da Unidade de Investigação Financeira, ou Financial Intelligence Unit.

Tal como as contas congeladas no fim de semana, as 33 agora abrangidas pertencem ao grupo Quantum Global.

Segundo a imprensa das Maurícias o valor total das contas congeladas ascende agora a mais de 297 milhões de dólares.

Contudo, o montante poderá ser mais elevado já que há transações diárias ainda a serem investigadas.

As companhias de Jean-Claude Bastos de Morais estavam envolvidas em investimentos do Fundo Soberano de Angola.

A imprensa avança ainda que o pedido inicial da Financial Intelligence Unit ao tribunal foi feito depois da visita de uma entidade oficial angolana que se encontrou com funcionários do gabinete do primeiro-ministro das Maurícias.

Outros desenvolvimentos

O representante do Governo angolano, cuja identidade não foi revelada, teria na sua posse documentos “comprometedores” sobre as actividades de Jean-Claude Bastos de Morais.

A Quantum Global emitiu um comunicado em que assegura estar a trabalhar “em estreita colaboração com as autoridades competentes” e acrescentou estar confiante na sua capacidade de se defender contra “os ataques injustificados à nossa reputação”.

A Quantum tinha anteriormente também negado qualquer envolvimento na transferência de 500 milhões de dólares para Londres em que José Filomeno dos Santos estaria envolvido.

Entretanto, na segunda-feira, 9, Ministério das Finanças de Angola disse ontem esses 500 milhões de dólares eram apenas um terço de um montante que deveria ser pago para financiar investimentos no valor 35 mil milhões de dólares num projecto intermediado pela Mais Financial Services, pertença do filho do antigo Presidente angolano.

As autoridades angolanas disseram que estão também a envidar esforços para recuperar quase 25 milhões de euros que, ao abrigo dessa operação, foram transferidos para a Mais Financial Services para prestação de serviços que nunca foram efectuados.

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