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Angola: Trabalhadores portuários de Porto Amboím poderão entrar em greve


 Porto Amboím, Kwanza Sul, Angola
Porto Amboím, Kwanza Sul, Angola

Sindicalistas acusam presidente do Conselho de Administração da Empresa de má gestão e perseguição

Os trabalhadores da empresa portuária do Amboím, no Porto-Amboím, na província angolana do Kwanza Sul, poderão entrar em greve em breve se a empresa não aceitar o seu cadeno reivindicativo.

Trabalhadores do porto de Amboím ameaçam greve – 2:45
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Para além de reivindicações relacionadas com salários, carreira e outros aspectos, os trabalhadores exigem também a demissão do presidente do Conselho de Administração da empresa, Flávio Makanga, a quem acusam de má gestão e de perseguição aos sindicalistas.

O primeiro secretário do Sindicato dos Trabalhadores Organizados do Sector Petrolífero, Alex dos Santos, foi suspenso na sequência das reivindicações que tem estado a fazer.

Ele disse que foi suspenso depois de uma assembleia com a direcção da empresa em que falou “sobre as nossas preocupações".

“Eu falei sobre a má gestão que o PCA faz do Porto do Amboim, nós estamos a sofrer muito com a gestão desse presidente”, disse.

Com a chegada dele nós esperávamos que realmente houvesse mudanças por isso é que eu digo que o PCA deve deixar a empresa portuária do Amboim. Eu digo isso porque eu tenho apoio de todos os funcionários”, acrescentou, afirmando ainda que “caso a direcção da empresa não nos ouvir, a única solução é levar esta greve adiante’

Santos diz haver "uma perseguição sem tréguas, uma tentativa de calar os membros do sindicato para fragilizar o grupo de trabalhadores”.

O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Organizados do Sector Petrolífero em Angola Vítor Aguiar deslocou-se a Porto-Amboim para aferir junto dos trabalhadores as suas preocupações e afirmou “não haver uma abertura da parte da direcção da empresa, particularmente o PCA para irmos à mesa das negociações da carta reivindicativa em posse dele”.

Outra situação é o facto de o PCA estar a fazer despachos" à sua maneira criando um mau clima no seio dos trabalhadores até no próprio seu elenco, então isso nos preocupou muito", revelou o dirigente sindical para quem “outra situação que é mais grave é o facto dele estar a publicar fotografias de algumas pessoas que fazem parte até da própria direcção da empresa em situações políticas”.

Cassiano Macedo, um dos participantes a assembleia de trabalhadores diz que caso o Conselho de Administração do porto não reaja ao caderno reivindicativo apresentado por intermédio do sindicato a greve será inevitável.

“A revisão dos salários, saúde, mais dignidade, um qualificador, ganhamos muito mal, nós recebemos um salário muito baixo e temos família e temos filhos”, disse.

As tentativas no sentido de contactar o PCA da empresa portuária do Amboim, Flávio Ferraz Makanga, não surtiram efeitos.

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