Uma comissão Ad-hoc dos trabalhadores do sector privado pretende inviabilizar a introdução de novos impostos sobre a Democracia, Audiovisual, Saneamento e Telecomunicações aprovados pelo governo.
Os novos impostos foram aprovados por parlamentares, mas carecem da promulgação do Presidente da República, através da Lei do Orçamento.
O presidente da referida comissão ad-hoc, Remígio Gomes, diz que o Umaro El Mocktar Sissoco Embaló deve vetar a Lei do Orçamento.
“Não vai aceitar uma lei dessas que vai empobrecer ainda mais o seu povo,’ diz Gomes que é apoiado pelo economista Serifo Só, que alerta que os novos impostos serão “mais um fardo para os funcionários públicos, consumidores e a população em geral, porque o salário já não é salário”.
A comissão contesta igualmente a decisão governamental de aumento de subsídios de representação aos titulares de Órgãos de Soberania, que estipula que o Presidente da República receberá anualmente um milhão eduzentos mil dólares americanos e o líder do Parlamento quinhentos mil dólares em 2021.
“O Governo da Guiné-Bissau devia sim rever a política de pagamento de subsídios astronómicos, controlar a despesa pública”, diz Gomes.
Outras vozes da sociedade civil dizem que se o Presidente da República promulgar a Lei do Orçamento, pode-se esperar sucessivas reivindicações sociais no país.