Na Tanzânia, está a travar-se um feroz debate relativamente a terrenos que investidores americanos estão a tentar desenvolver. Dezenas de milhar de antigos refugiados que agora cultivam aquelas terras.
Os investidores afirmam que querem ajudar a Tanzânia, mas activistas e elementos da oposição consideram que se trata de uma iniciativa para se apoderarem daquelas terras.
Funcionáros governamentais tanzanianos referem que estão a ultimar os contratos de arrendamento que irão permitir à empresa Agrisol Energy Tanzania Ltd de operar num terreno, no Rukwa Oeste e em Kigoma, uma prpriedade com uma área de 325 hectares.
Aquela empresa faz parte de um conglomerado americano – a Agrisol Energy – fundado com o apoio de Bruce Rastetter, um investidor americano dos sectores da pecuária e da indústrial de etanol. De acordo com a Agriso Energy, o objectivo do projecto é ajudar a expandir o sector agrícola tanzaniano, transferir “know-how” tecnológico, criar emprego e prosperidade.
Mas, activistas sociais, como é o caso de Anuradha Mittal, do Instituto Oakland, nos EUA, referem que a concretização daquele projecto irá levar a que sejam desalojadas 160 mil pessoas, para além da degradação do meio ambiente, tendo como contrapartida muito pouco benefícios para a população local.
Durante uma recente visita efectuada aos EUA, o ministro da Agricultura da Tanzânia, Jumane Maghembe, minimizou as críticas que são feitas ao projecto da Afrisol e argumentou que a sua execução irá, na realidade suplementar a produção agrícola, não só da Tanzânia, mas de outros países da região.