Pelo menos 12 pessoas foram mortas no oeste do Sudão por fogo de artilharia das Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares, informou no sábado um grupo local pró-democracia.
De acordo com um “balanço preliminar”, “12 civis foram mortos e cinco outros feridos em bombardeamentos das RSF hoje” a norte da cidade de Kutum, no Darfur Norte, informou o Comité de Resistência Local, um grupo pró-democracia que organiza a ajuda mútua entre os habitantes do país devastado pela guerra entre o exército e os paramilitares.
O grupo denunciou “um massacre”, acrescentando que as FSR tinham “feito três pessoas prisioneiras”, entre as quais um médico.
Minni Arcou Minnawi, governador da região do Darfur e antigo dirigente rebelde atualmente próximo do exército, denunciou igualmente o facto de as FSR terem incendiado cerca de vinte aldeias na mesma região.
O Sudão é devastado desde abril de 2023 por uma guerra que opõe as RSF, lideradas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, ao exército do general Abdel Fattah al-Burhane, líder de facto do país.
Dezenas de milhares de pessoas morreram durante o conflito, com estimativas que variam entre 20.000 e 150.000, a maioria das quais não contabilizadas, segundo os médicos.
O conflito provocou também a deslocação de milhões de pessoas e conduziu a uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo as Nações Unidas, que alertaram para a fome iminente. No Sudão do Sul registam-se já mais de meio milhão de refugiados.
As Nações Unidas alertam que o Sudão necessita de ajuda humanitária urgente para fazer face à fome aguda no país.
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