O Maior partido da oposição São-tomense, Acção Democrática Independente (ADI), afirma que os argumentos apresentados pelo Governo para retirar do parlamento a sua proposta de reajuste salarial não são convincentes.
O líder Parlamentar da ADI, Abnildo de Oliveira, diz que esta decisão demonstra pouca seriedade dos actos do executivo liderado por Jorge Bom Jesus.
“O governo quando introduziu este diploma na Assembleia Nacional disse que a sua aprovação era urgente e esse executivo dispõe de uma maioria parlamentar. O que nós percebemos é que o governo quis entreter os funcionários públicos durante o período eleitoral”, disse o parlamentar.
O Ministro da presidência do Conselho de Ministros, Wando Castro, apresentou três razões para retirar o diploma sobre reajuste salarial introduzido na Assembleia Nacional em Maio deste ano: As greves registadas no país após a apresentação da proposta, a exoneração do ministro das finanças e a necessidade do novo titular da pasta se inteirar do documento e por último a necessidade de adaptar este projecto lei à proposta de orçamento geral do estado para 2022, tendo em conta os memorandos de entendimento assinados com alguns sindicatos.
Wando Castro garantiu, no entanto, que uma nova proposta de reajuste salarial será reintroduzida no parlamento ainda este ano.
“Quero tranquilizar os funcionários públicos que não desistimos do processo e que o reajuste salarial na função publica não está morto”, disse.
Até agora nenhum sindicato reagiu à decisão do Governo, que já convocou para esta quarta-feira (13) um encontro com as principais centrais sindicais do país.