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África do Sul: Sindicatos iniciam conversações na mina de Marikana


Mineiros grevistas na Mina de Marikana na África do Sul (Agosto 2012)
Mineiros grevistas na Mina de Marikana na África do Sul (Agosto 2012)

Trabalhadores exigem o triplo dos salários que o patronato diz ser insustentável

A companhia de Platina, Lonmin iniciou hoje conversações com sindicatos sul-africanos numa altura em que termina o prazo do ultimato dado ao trabalhadores grevistas ara retornarem o trabalho. Os responáveis da empresa mostram-se esperançosos que os trabalhadores regressem ao trabalho mas preveem que os níveis de produção vão manter-se baixos.

Sue Vey a porta-voz da Lonmin dá sinais de esperanças numa altura em que empresa prepara-se para negociar com os sindicatos e trabalhadores o fim a greve ilegal que paralisou a mina sul-africana de Platina e fez tremer os mercados mundiais.

Um acordo de paz assinado pela Lonmin e os sindicatos na semana passada estipulou que os trabalhadores deviam retomar os trabalhos na Segunda-feira. Mas Vey disse que esta manhã apenas pouco mais de 6 por cento deles compareceu ao trabalho. Trata-se de uma ligeira melhoria em comparação com dias anteriores, em que apenas 5 por cento dos trabalhadores tinha comparecido.

A porta-voz diz que a Comissão Sul-africana do Trabalho, e Conciliação, Mediação e Arbitragem deverá dirigir as discussões.“Estamos confiantes que tudo vai correr bem. Tivemos a mediação da CCMA hoje e todas as partes foram convidadas. E para todas as expectativas e propostas, aqueles que precisavam estar aqui, estão a participar.”

Os trabalhadores da mina de Marikana iniciaram uma greve ilegal em Agosto depois do falhanço das negociações entre o sindicato e o patronato. A 16 de Agosto os grevistas confrontaram-se com a polícia na mina que se situa a 100 quilómetros de Joanesburgo, tendo provocado a morte de 34 dos assalariados. O governo ordenou uma investigação do incidente.

Os trabalhadores estão a exigir a triplicação dos salários para cerca de 1500 dólares por mês. A paralisação afectou seriamente o mercado de platina e a produção da empresa em causa. Cerca de mil grevistas concentraram-se hoje nas proximidades das intalações da mina, sem no entanto haver registos de incidentes.

Um dos sindicatosnegou em assinar o acordo de paz, e o seu líder, Joseph Mathunjwa disse que a sua organização estava em vias de fazer uma nova proposta salarial, mas um outro sindicato rival, a União dos Trabalhadores Mineiros repetidamente tem dito que a exigencia é ambiciosa, isso enquanto a empresa Lonmin vai afirmando que os níveis dos salários são insustentáveis.
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