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Governo do Namibe acusado de fazer pior que na era colonial


Membros da sociedade civil estão a criticar as políticas locais do governo pela falta de coerência entre os discursos e práticas dos dirigentes políticos.

Os activistas cívicos dizem que “os nossos governantes são piores que o colono”

As recentes incursões de alguns activistas da sociedade civil no interior da província permitiram constatar a situação social dos autóctones e concluíram que há um défice muito grande quer na concepção quer ainda implementação de políticas locais, no que diz respeito ao atendimento das principais preocupações comunitárias.

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Enquanto os autóctones gritam e pedem apoio das autoridades governamentais no abastecimento de agua, os activistas cívicos constataram que a Administração Município da Bibala, sob gestão de Pedro António Mussungo adquiriu com o dinheiro do erário publico, mais de trinta reservatórios de 10 á 20 litros de agua a cada, que na sequencia do programa agua para todos devia suprir a carência do precioso liquido nas comunidades.

Os referidos reservatórios de agua encontram-se expostos na montra a mais de cinco meses, começando pela sede daquele Município, passando pela Comuna do Munhino, até as localidades do Luso, Tyikaty e outras, sob o olhar de todos, sem que para o efeito sirvam o objecto preconizado, o de abastecer a agua as comunidades.

Os activistas dizem o facto está a criar o descontentamento das comunidades e esta igualmente a facilitar especulações sobre a existência de projectos fictícios que visem enganar o povo.

Na cintura da transumancia da Raposeira, atravessada pela estrada 280, troço Namibe/Lubango, que antecede a vila do Caraculo, também adstrita ao Município da Bibala, os activistas cívicos dizem que Deus colocou nesta zona vários reservatório de água em pedra natural.

Apesar desta facilidade divina, os criadores autóctones de gado queixam-se da sensibilidade das autoridades governamentais, que não conseguem colocar a agua nestes reservatórios a favor da população.

Mercê do distanciamento das políticas locais de governação, os chineses descobriram o negocio de agua e facturam semanalmente um garrote em troca de agua, por ausência de dinheiro nas comunidades.

Matias Kamutali do Fórum Regional do Desenvolvimento universitário (FORDU), que liderou o grupo de activistas comunitários que têm andado pelo interior da província, sobretudo nas chamadas zonas cinzentas ou inóspitas, proceder ao levantamento da situação social e avaliação das infra-estruturas deixadas pela Administração colonial, hoje, votadas ao abandono, diz estar decepcionado com a debilidade das politicas locais o que tem facilitado o sofrimento dos autóctones, entregues a exploração do negocio de agua dos chineses..

“Pelo menos se houvesse preocupação em reabilitar os furos deixados pela Administração colonial, certamente que a seca deixaria de ter, assim tanto impacto na vida das comunidades, como se assiste, pessoas moribundas e gado a sucumbir sob 0lhar impávido de quem de direito” desabafou o activista cívico.

Para o activista cívico, Deus fez tudo que nos rodeia, agora cabe aos homens gizar politicas de contenção, buscando estudos de viabilidade em defesa da vida humana, o que não acontecido.
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