A sentença relativa ao assassinato do procurador Marcelino Vilanculos será proferida no próximo dia 12, pelo Tribunal Judicial da província de Maputo, num processo em que Edith Cylindo é acusada de ser uma das autoras materiais do crime.
Trata-se de julgamento de um processo autónomo iniciado a 10 de outubro do ano passado, relativo à morte, a 11 de Abril de 2016, de Marcelino Vilanculos, afecto à cidade de Maputo, e que tinha a seu cargo a investigação sobre casos de raptos, que abalavam a capital moçambicana.
Segundo a imprensa, Cylindo seguiu o magistrado desde o local de trabalho até perto da sua residência, onde terá dado ordens a outros executores para que a vítima fosse baleada.
Além de Edith Cylindo, existem três outros acusados no processo principal, que está sob alçada do Tribunal Supremo, devido a um recurso apresentado sobre o despacho de pronúncia de um deles.
Joaquina Vilanculos, viúva do procurador, diz esperar que a justiça seja feita.
Vilanculos foi assassinado a tiro mesmo em frente à sua casa na Matola, Maputo.
Para o analista Francisco Matsinhe este julgamento vai ocorrer numa altura em que a criminalidade tende a aumentar no país, aludindo em particular, aos recentes assassinatos de duas cidadãs de nacionalidade portuguesa, uma na cidade da Beira e outra em Chimoio, respectivamente capitais de Sofala e Manica, ambas no centro de Moçambique.
Alguns jornalistas esperam que a sentença relativa à morte de Marcelino Vilanculos seja proferida em sessão aberta à comunicação social e não à porta fechada como aconteceu com o julgamento.