Mitt Romney venceu terça-feira à noite as primárias em Washington e nos estados de Maryland e Wisconsin. Está cada vez mais perto, dizem analistas, de assegurar a nomeação para ser candidato republicano contra Barack Obama, nas presidenciais de Novembro.
Com estas vitórias, Mitt Romney alcançou mais de metade dos 1144 delegados necessários para assegurar que será escolhido pelo seu partido para defrontar Barack Obama em Novembro.
Preocupados com a possibilidade de as primárias arrastadas beneficiarem Obama, os líderes republicanos manifestam apoio a Romney e encorajam os seus adversários a desistir.
Mas o principal adversário de Romney não desiste. Rick Santorum, que tem metade dos delegados de Romney afirma que as primárias ainda só vão a meio caminho.
Comentadores especulam que Santorum se manterá na corrida pelo menos até às primárias da Pensilvânia, em 24 de Abril. Ele é natural desse estado e representou-o no Senado, durante vários anos.
No discurso de vitória Romney ignorou a concorrência interna; ignorou Santorum e outro adversário, Newt Gingrich, que também não desiste, nem consegue grandes ganhos.
Romney criticou Obama a quem responsabilizou pelos males do país, sobretudo económicos, desde o desemprego ao preço elevado da gasolina. E insiste que, se a economia melhorou um pouco nos últimos meses, não foi por causa das políticas de Obama… foi apesar das políticas de Obama.
“O presidente Obama diz que está a fazer um bom trabalho”, afirma Romney com algum sarcasmo, para concluir que isso “é o resultado de andar demasiadas horas no avião da presidência a cercado de pessoas que só lhe dizem o que ele quer ouvir e que ele é muito bom”.
Romney acusa Obama de se ter desligado do eleitorado e dos problemas do cidadão comum. Falou como se já fosse o candidato republicano contra Obama. E o presidente lançou acusações contra os republicanos que terão eco na campanha eleitoral.
Barack Obama atacou os republicanos a propósito do orçamento para o ano fiscal de 2013, que prevê benefícios fiscais para os mais ricos e cortes nos programas de assistência social.
Obama disse que esse orçamento é "Darwinismo social" e impõe uma "visão radical da América… contrária à tradição do país como terra da oportunidade".
Obama criticou a ideia de que benefícios fiscais aos ricos incentivam actividade económica que, por seu lado, beneficia toda a população. "Isso já foi tentado sem sucesso", disse salientando que uma economia saudável se promove com uma classe média forte e em crescimento.
O presidente disse que estas ideias erradas sobre o futuro do país não são propostas de um grupo isolado de republicanos, mas sim, política assumida desse partido.
“Esta é a sua plataforma de governo. É com estas ideias que se candidatam”, disse o presidente lembrando que Romney apoia este orçamento republicano.