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"Restaurar a segurança é prioridade", garante o Governo moçambicano à Total


O Governo de Moçambique está empenhado em garantir a segurança no norte da província de Cabo Delgado e o retorno à actividade da petrolífera Total, que desenvolve um projecto de exploração de gás, o maior investimento privado em curso no continente africano.

A informação foi avançada após um encontro que os ministros moçambicanos da Defesa, Jaime Neto, e da Energia, Max Tonela, mantiveram com o presidente da Total para Pesquisa e Produção, Arnaud Breuillac, decorrido esta sexta-feira, 30, em Maputo.

Sem avançar detalhes do encontro, uma fonte próxima do governo moçambicano referiu que "transmitimos à Total o nosso total empenho na restauração de condições de segurança favoráveis ao reatamento de todos os empreendimentos suspensos devido à acção dos terroristas em Cabo Delgado".

Desde 24 de Março que as actividades da Total na península de Afungi estão suspensas na sequência dos ataques de terroristas à vila de Palma, no norte de Cabo Delgado, que obrigaram a petrolífera retirar todo seu pessoal da região, seguindo-se ao cancelamento dos contratos com fornecedores e trabalhadores ligados ao projecto medida justificada com motivos de “força maior”.

Um mês depois dos ataques, a petrolífera abandonou por prazo indeterminado o megaprojeto de exploração de gás natural da bacia do Rovuma, estando o governo moçambicano empenhado em garantir o reforço da segurança na região para garantir o regresso dos trabalhos da Total.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.

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