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República Democrática do Congo diz que mais de 100 pessoas foram massacradas


Nrebeldes do M23, em Karuba, 62 km de Goma, capital do Kivu Norte, RDC.
Nrebeldes do M23, em Karuba, 62 km de Goma, capital do Kivu Norte, RDC.

Três dias de luto nacional começaram na República Democrática do Congo (RDC) neste sábado, após o suposto massacre de civis no leste do país, com o governo agora afirmado que foram registadas "mais de 100" mortes.

Na quinta-feira, o governo acusou a milícia M23 – com a qual mantém um conflito de meses – de massacrar 50 pessoas em Kishishe, um vilarejo a cerca de 70 quilómetros ao norte da cidade de Goma.

O M23 reagiu, dizendo que as alegações eram "infundadas" e negando que tivesse como alvo civis.

Numa reunião do conselho de ministros na sexta-feira, o presidente da RDC, Felix Tshisekedi, "condenou nos termos mais fortes o massacre de mais de 100 compatriotas em Kishishe", disse o porta-voz do governo, Patrick Muyaya.

Muyaya disse que Tshisekedi "instruiu o governo a declarar três dias de luto nacional", acrescentando que as bandeiras seriam hasteadas a meio mastro em todo o país.

2rs, África, RDC vs Ruanda e o M23
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O período de luto terminará na segunda-feira com um evento de arrecadação de fundos televisionado para apoiar as vítimas, disse Muyaya.

Desde que surgiram relatos do massacre, os pedidos de uma investigação independente têm aumentado. O presidente "pediu ao ministro da Justiça que abra sem demora uma investigação interna e ao mesmo tempo trabalhe para uma investigação internacional para esclarecer este crime de guerra", disse Muyaya.

O Movimento 23 de Março, ou M23, é um grupo rebelde tutsi predominantemente congolês que esteve adormecido por anos. Pegou em armas novamente em novembro do ano passado e tomou a cidade de Bunagana, na fronteira com Uganda, em Junho.

Após um breve período de calma, voltou à ofensiva em Outubro, ampliando muito o território sob seu controlo e avançando em direcção a Goma.

Kinshasa acusa o seu vizinho Ruanda de apoiar o M23, algo que especialistas da ONU e autoridades dos EUA também apontaram nos últimos meses. Kigali nega a acusação.

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