O porta-voz da Renamo, José Manteigas, desmentiu alegações de que foram desviados 12 mlhões de meticais pertencentes ao partido, afirmando que foram feitas por um cadastrado que já não faz parte das hostes renamistas.
Entretanto, sabe-se que a Renamo está a gerir um caso de desvio de fundos alocados ao Gabinete do Presidente do Partido, que inclusive levou à demissão da respectiva gestora.
Foi Sandura Ambrósio, membro suplente do Conselho Nacional da Renamo, quem fez a denúncia sobre o alegado desvio do valor, durante uma conferência de imprensa, em que exigiu que o caso fosse investigado.
"Nós somos o garante da fiscalização, mas ao mesmo tempo somos nós que desviamos o dinheiro que seria usado para as actividades do partido; este caso tem que ser investigado", disse Ambrósio.
A reacção não se fez esperar. José Manteigas, também em conferência de imprensa, disse que Sandura Ambrósio já não é membro da Renamo, acrescentando ser um cadastrado que esteve, recentemente, a cumprir uma pena pelo seu envolvimento em actos criminais, que atentam contra a segurança do Estado e dos cidadãos.
Ele referiu que "esse fracassado e amador político não tem direito nem legitimidade de se imiscuir na vida interna da Renamo, e muito menos de pôr em causa decisões tomadas soberamente pelos órgãos respectivos e competentes".
Entretanto, o jornalista e analista político, Alexandre Chiúre, disse ter conhecimento, do desvio de, pelo menos, 11 dos 72 milhões de meticais atribuídos ao líder da oposição e presidente da Renamo, Ossufo Momade, valor que o Partido ainda não justificou ao Ministério da Economia e Finanças.
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