Assinalou-se, hoje, em Moçambique o Dia do Professor. A VOA auscultou alguns profissionais para fazer o ponto da situação do ensino no país.
As queixas incluem: Magros salários, salários que chegam atrasados, horas extras que não são pagas e a não progressão na carreira profissional.
E mais: Professores que dão aulas sem a requerida formação psicopedagógica.
Beatriz Manjama, Presidente do Sindicato Nacional de Professores, reconhece que se fala muito mal da qualidade de ensino em Moçambique. Mas ela insiste que um dos factores que influenciam é a falta de formação adequada.
A outra crítica feita aos professores está relacionada com a corrupção. Há queixas de que os professores cobram favores para deixar os alunos passar de classe, ou ainda professores que, não raras vezes, violam as próprias alunas.
Beatriz Manjama não é a favor disso.
Mas nem tudo vai mal. A presidente do Sindicato diz que há professores que orgulham a classe.
E ela está satisfeita com o novo Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano. Diz que Jorge Ferrão e a sua equipa estão a fazer um bom trabalho.
Em declarações à VOA, à margem de uma cerimónia comemorativa, na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, Ferrão disse que o seu Ministério vai rever a lei do sistema nacional de ensino e adequá-la às novas realidades do país.