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RDC: Felix Tshisekedi criticado pela ruptura do país


Félix Tshisekedi, Presidente da RDC
Félix Tshisekedi, Presidente da RDC

Três destacadas figuras congolesas, incluindo o vencedor do Prémio Nobel Denis Mukwege, acusaram, esta segunda-feira(26) o Presidente Felix Tshisekedi de empurrar o país para a ruptura, ao envolver estrangeiros na sua crise de segurança.

Em sinal de crescentes pressões sobre Tshisekedi devido à crescente crise no leste do pais, o trio disse que o maior país da África subsariana enfrentava a "fragmentação" e a "balcanização", o que resulta de "uma flagrante falta de liderança e governação por parte de um regime irresponsável e repressivo".

Para além de Mukwege, um ginecologista que foi co-vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2018, pelo seu trabalho na ajuda às mulheres vítimas de violência sexual, a declaração foi assinada pelo político Martin Fayulu, que Tshisekedi derrotou em eleições controversas em 2018, e pelo ex-primeiro-ministro Augustin Matata Ponyo.

Dezenas de grupos armados vagueiam pelo leste da República Democrática do Congo (RDC), muitos deles com um legado de duas guerras regionais que grassaram no final do século passado.

A mais recente emergência está relacionada a um grupo armado ressurgente chamado M23, que ocupou extensões de território na província do Kivu Norte, desde que saiu do estado de dormência, no ano passado.

Tshisekedi convocou as sete nações da Comunidade da África Oriental (EAC), para enviarem tropas.

Os membros da EAC incluem o Ruanda e o Uganda, que há muito os críticos acusam de agitar a fricção no leste.

A RDC, em particular, acusa o Ruanda de ser cúmplice dos rebeldes - uma alegação que o Ruanda nega, embora a afirmação seja apoiada num novo relatório de peritos independentes da ONU.

A força da EAC está sob comando queniano, mas os principais detalhes sobre a sua dimensão, alcance e composição continuam a não ser claros.

O M23, sob pressão da comunidade internacional, participou em cerimónias, na sexta-feira passada, para entregar a cidade estratégica de Kibumba à força da EAC.

Mas no dia seguinte, o exército da RDC disse que a suposta retirada dos rebeldes era uma "farsa" e acusou o grupo de reforçar as suas posições noutros locais.

Tshisekedi, Fayulu e Matata já declararam a sua intenção de concorrer às próximas eleições presidenciais, previstas para 20 de Dezembro de 2023.

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