Novos combates entre o exército da República Democrática do Congo (RDC) e os rebeldes do M23 eclodiram no domingo, 25, em torno de uma cidade densamente povoada na província oriental do Kivu do Norte, onde os rebeldes estão a travar uma insurreição, disseram o exército e o M23.
O M23 capturou a cidade de Kirumba, o centro económico do território Lubero do Congo, no final de junho. Também tomou a cidade vizinha de Kanyabayonga por volta da mesma altura.
O porta-voz do M23, Willy Ngoma, disse que as forças governamentais atacaram várias posições rebeldes em torno de Kirumba no início da manhã de domingo e que os combates estavam a decorrer. Em comunicado, o exército informou que houve confrontos com o M23 na aldeia de Kikuvo, a cerca de uma dúzia de quilómetros de Kirumba.
O M23, liderado pelos tutsis, tem estado a travar uma nova insurreição no leste do vasto país centro-africano, assolado por milícias, desde 2022.
As autoridades do Congo, as Nações Unidas, os Estados Unidos e outros governos ocidentais acusaram o Ruanda de apoiar o grupo, o qual nega as acusações, que também azedaram muito as relações com o país vizinho.
Os esforços militares para fazer recuar os rebeldes intensificaram-se no último ano, uma vez que negociações de cessar-fogo a nível regional continuam a falhar. A última foi no final de julho para começar a 4 de agosto.
Os combates já obrigaram mais de 1,7 milhões de pessoas a abandonar as suas casas no Kivu do Norte, elevando o número total de congoleses deslocados devido a múltiplos conflitos para um recorde de 7,2 milhões, de acordo com as estimativas das Nações Unidas.
Como muitas cidades da região, Kirumba e Kanyabayonga acolhem milhares de pessoas deslocadas.
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