O antigo número dois da Renamo e presidente do Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raúl Domingos, defendeu que o próximo líder da Renamo a sair do 6o Congresso deve ser uma figura “aglutinadora da dispersão da Renamo”.
Domingos reiterou a sua intenção de regressar ao partido.
“Vocês devem saber que a Renamo depois de muitos anos de luta teve algumas cisões”, disse Raul Domingos, acrescentando que “o PDD que eu represento é uma das facções que parte da Renamo, o MDM é outra cisão da Renamo”.
Aquele político reiterou a sua prontidão em regressar ao partido, sustentando que tinha iniciado a negociação da sua intenção em 2012, com Afonso Dhlakama, deixada em aberto com a morte do ex-líder, em maio de 2018.
“Para atingir o objectivo que é levar a Renamo ao poder é preciso aglutinar essas forças. Tudo quanto a Renamo precisa hoje é de um líder que possa aglutinar essas facções”, precisou Raul Domingos, que participa como convidado no 6o Congresso da Renamo, 19 anos depois de deixar o partido.
Raul Domingos, que foi negociador chefe da delegação da Renamo nas negociações de paz foi afastado do partido em 2000 acusado pela liderança de conspirar com a Frelimo, no poder, para fragilizar o antigo movimento de guerrilha.
O MDM, também convidado para o congresso da Renamo, não se fez presente.
A Renamo deverá alegar nesta quarta-feira, 16, o presidente do partido no congresso que reúne 700 delegados e convidados numa das bases nas encostas da serra da Gorongosa, 45 quilómetros a norte da vila.
Concorrem ao cargo Ossufo Momade, Elias Dhlakama, Manuel Bissopo, Herminio Morais e Juliano Picardo.
O novo presidente vai dirigir o primeiro Conselho Nacional do partido na quinta-feira, 17 na serra da Gorongosa.