Mais um comerciante de origem indiana foi raptado na manhã desta quarta-feira, 26, em Maputo, facto que, uma vez mais, coloca em primeiro plano a necessidade de uma investigação como maior acuidade sobre o por quê dessa comunidade ser sempre vítima deste crime.
A Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) relatam a sofisticação deste crime organizado como a principal dificuldade para o esclarecimento destes crimes que se assistem no país há mais de 12 anos.
Uma vez mais a polícia fez-se ao local e o porta-voz da PRM na cidade de Maputo, Leobel Muchima, refere que o "está em investigação para o seu esclarecimento".
Este é mais um caso que envolve mais um comerciante moçambicano de origem asiática, daí que a comunidade sem dar a cara mostra-se agastada com a ocorrência destes casos.
Para o advogado e analista político Arlindo Guilamba é necessário que se investigue por quê frequentemente são envolvidos comerciantes de oreigem asiática para o esclarecimento deste tipo de crime, "não colocando de parte o ajuste de contas, mas não temos elementos nesse sentido".
De janeiro de 2023 a março de 2024, a PRM e o Serviço Nacional de Investigação Criminal registaram nove casos de raptos consumados e seis frustrados.
Leonel Muchina reconhece que a investigação destes crimes "é difícil devido à sua tipicidade".
A cada ano, a PGR Beatriz Buchile relata no seu informe anual as dificuldades para investigar este crime e a modernização do modus operand por parte dos seus autores.
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