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Raptos em Moçambique clamam por investigação profunda


Pessoas caminham ao longo de uma rua em Maputo, a 4 de setembro de 2010.
Pessoas caminham ao longo de uma rua em Maputo, a 4 de setembro de 2010.

PGR e PRM dizem que a sofisticação deste crime organizado é a principal dificuldade para o esclarecimento destes crimes

Mais um comerciante de origem indiana foi raptado na manhã desta quarta-feira, 26, em Maputo, facto que, uma vez mais, coloca em primeiro plano a necessidade de uma investigação como maior acuidade sobre o por quê dessa comunidade ser sempre vítima deste crime.

A Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia da República de Moçambique (PRM) relatam a sofisticação deste crime organizado como a principal dificuldade para o esclarecimento destes crimes que se assistem no país há mais de 12 anos.

Raptos em Moçambique clamam por investigação profunda
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Uma vez mais a polícia fez-se ao local e o porta-voz da PRM na cidade de Maputo, Leobel Muchima, refere que o "está em investigação para o seu esclarecimento".

Este é mais um caso que envolve mais um comerciante moçambicano de origem asiática, daí que a comunidade sem dar a cara mostra-se agastada com a ocorrência destes casos.

Para o advogado e analista político Arlindo Guilamba é necessário que se investigue por quê frequentemente são envolvidos comerciantes de oreigem asiática para o esclarecimento deste tipo de crime, "não colocando de parte o ajuste de contas, mas não temos elementos nesse sentido".

De janeiro de 2023 a março de 2024, a PRM e o Serviço Nacional de Investigação Criminal registaram nove casos de raptos consumados e seis frustrados.

Leonel Muchina reconhece que a investigação destes crimes "é difícil devido à sua tipicidade".

A cada ano, a PGR Beatriz Buchile relata no seu informe anual as dificuldades para investigar este crime e a modernização do modus operand por parte dos seus autores.

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