O jornalista e activista angolano Rafael Marques integra uma lista de seis possíveis candidatos da bancada socialista no Parlamento Europeu ao Prémio Sakharov de 2018, atribuído anualmente por aquele órgão.
A lista, que inclui também organizações não governamentais activas no Mediterrâneo e outos activistas, foi apresentada na quarta-feira, 5, pelo grupo europeu dos socialistas e democratas como potenciais candidatos ao Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento.
Em declarações à VOA, Rafael Marques manifestou-se surpreso com a notícia mas afirmou que tudo o que tem feito é cumprir o seu dever de cidadania.
Marques assegurou que não vai parar de denunciar os casos de corrupção em Angola.
O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento foi instituído em 1988 e em Angola já foi atribuído ao bispo Zacarias Kamwenho em 2001.
Além de Rafael Marques, a shortlist”de possíveis candidatos dos socialistas europeus inclui organizações não governamentais que protegem direitos humanos e salvam vidas de migrantes no mar Mediterrâneo, o também jornalista e activista de direitos humanos Isaak Dawit, preso na Eritreia desde 2001, o turco Selehattin Demirtas, um dos líderes do Partido Democrático dos Povos, detido na Turquia desde Novembro de 2016, Nabeel Rajab, defensor dos direitos humanos no Bahrein, e o activista de direitos humanos Dah Abeid Biram, da Mauritânia.
Os três candidatos finalistas ao Prémio Sakharov de 2018 serão votados numa reunião conjunta das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Desenvolvimento a 9 de outubro, a decisão da Conferência de Presidentes do PE será tomada no dia 25 do mesmo mês e a entrega do galardão está agendada para 12 de dezembro, em Estrasburgo.