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"Queremos congregar todas as forças de Cabinda", Frente Consensual Cabindesa


Secretário Executivo da Frente Consensual Cabindesa -o Belchior Lanso Tati
Secretário Executivo da Frente Consensual Cabindesa -o Belchior Lanso Tati

Secretário Executivo Belchior Tati aceita "cumprir etapas" para uma eventual independência.

A recém formada Frente Consensual Cabindesa (FCC) teve até agora uma reacção positiva dos intervenientes políticos e sociais do território que “esperam para ver o que a Frente vai fazer de melhor”, disse o Secretário Executivo da organização, Belchior Lanso Tati.

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Numa entrevista em Washington à VOA,Tati disse que a organização está agora a dar os passos necessários “para que tudo seja criado do nosso lado para novas negociações” com o Governo angolano.

A FCC foi formada no ano passado com o objectivo de reunir “numa plataforma” e em “consenso” todas as forças cabindesas. Isto porque, na perspectiva de Tati, “infelizmente os objectivos do Forum Cabindês para o Diálogo não foram concretizados”.

A Frente visa dar continuidade contudo “ao princípio do diálogo, do consenso e da coesão interna” para a busca de uma solução política ao problema de Cabinda com o Governo angolano.

“Nós não somos mais uma facção da FLEC, pois surgimos na perspectiva de congregar todas as forças politicas e da sociedade civil que não aderiram ao ´memorando de entendimento´ assinado pelo Fórum Cabindês para o Diáologo”, disse Belchior Lanso Tati.

Após a sua constituição, a FCC enviou um dossier ao Presidente José Eduardo dos Santos que deu uma resposta positiva.

Interrogado sobre se tinha recebido alguma reacção por parte das diversas facções da FLEC e do Forum Cabindês para o Diálogo Tati disse que até agora “não recebemos qualquer reacção negativa”.

“As pessoas esperam para ver o que a a FCC vai fazer de melhor”, disse, afirmando ainda que o objectivo da sua organização é “fazer correcções dos erros que cometemos no passado em encontros e acordos anteriores” .

Belchior Lanso Tati disse na sua entrevista que os cabindenses “nunca foram angolanos” e que estes deveriam fazer “um tratado” .

“Sentem-se com os cabindenses para se criar um mecanismo de coabitação e convivência. O que existe é uma imposição militar para gerir os destinos de Cabinda”, disse .

“Eu pessoalmente apoio a independência de Cabinda, mas para atingir a independência aceito cumprir etapas que vão permitir-nos chegar a esse objectivo”, concluiu.

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