A solução definitiva para o conflito em Cabinda passa pela criação de uma plataforma que congregue a vontade do povo do enclave. O apelo foi feito por um grupo de antigos oficiais da FLEC denominado Comissão Coordenadora do Fórum Cabindes para o Diálogo.
O grupo pede ao Governo angolano a renegociação do Memorando de Entendimento que inclúa todos os filhos de Cabinda.
Alberto Capita Sita, antigo oficial da Flec e presidente da Comissão Coordenadora do Fórum Cabindes para o Diálogo, apelou o Governo angolano para prosseguir o diálogo sem exclusão de partes: "Todos nós somos de Cabinda, sendo Cabinda uma propriedade de todos não pode ser transformada num monopólio exclusivo de quem quer que seja".
Aquele antigo general da Flec chama a atenção do Executivo para não se conformar com o que considera de paz que se vive em Cabinda.
"Não se resolveu o conflito na sua essência, há uma diferença entre gerir o conflito e resolvê-lo, daí que ainda há problemas em Cabinda: as pessoas estão descontentes, querem, por exemplo, ver o estatuto especial de que o Memorando de Entendimento seja materializado”, diz Sata, lembrando que, até, ao momento, só se fala neste estatuto especial aprovado pela Assembleia Nacional a 10 de Agosto de 2007, mas no fundo não há nada de concreto".
A Comissão do Fórum Cabindes propõe o surgimento de um outro mecanismo de discussão porque o próprio Presidente da República reconheceu que o memorando de entendimento é imperfeito.