Anita Powell, correspondente da VOA em Joanesburgo entrevistou especialistas em questões de segurança que afirmam que os países africanos precisam dar enfase ao papel da polícia na luta contra o terrorismo.
As primeiras pessoas que chegaram aos locais onde houve os primeiros disparos de arma no luxuoso centro comercial Westgate em Nairobi foram os polícias.
Eles tinham muito pouco em comum com os soldados fortemente armados e a polícia de elite que mais tarde chegou para a operação de assalto. Muitos até não trajavam uniformes e nem sequer dispunham das devidas protecções como os coletes a prova de bala e capacetes. A maioria dispunha apenas de armas de punho, perante os terroristas fortemente armados e que saldou na morte de 67 pessoas mortas e 61 desaparecidos.
Os quenianos pelo mundo viram essas imagens a serem transmitidas em televisões por todo o mundo.
Bethuel Kiplagat o fundador do Fórum Paz África, um centro de estudos de paz e segurança sedeado em Nairobi. Diz que os quenianos apreciaram a forma como esses polícias agiram.
“Nessas circunstâncias, penso que fizeram um magnífico trabalho, puseram em risco as suas vidas, nós todos os saudámos, tal como fez o presidente ontem. Perdemos alguns dos nossos bravos soldados e polícias nesta extraordinária operação de salvamento.”
Anneli Botha, uma especialista em terrorismo no Instituto de Estudos de Segurança em Pretória na África do Sul, regressou recentemente do Quénia onde pôde ajudar no treino de unidade anti-terrorista da polícia queniana, cujos membros foram enviados para a operação no concentro comercial. Ela diz que a resposta policial no início foi caótica, mas no seu todo, fizeram um bom trabalho.
Antiga capitã da polícia sul-africana, Botha diz que todas as polícias têm um papel a desempenhar na luta contra o terrorismo, desde a recolha de informações, e na investigação cabal dos casos. No que toca as acções militares, ela evoca o caso da Nigéria, no passado, em que segundo ela, há algo que deve ser encarado como a arma essencial na luta contra o terrorismo: o processo judicial.
“Não são muitos os países que apreciam esse papel. As vezes vêem o contra-terrorismo como uma iniciativa a curto-prazo, é uma questão, em que se identifica o individuo mau, prendem-no, ou eliminam-no. Mas nós preferíamos ter mais situações em recorremos a lei. Nesse caso respeita-se o processo e o primado da lei, respeita-se os direitos humanos.”
J. Peter Pham director do Centro Africano do Conselho Atlântico e conselheiro da Africom – Comando dos Estados Unidos para África, diz que apesar dos militares quenianos terem tido sucesso na luta contra a al-Shabab na Somália, os soldados têm menos espaços para combaterem o terrorismo no país.
“É impensável que o ataque do Westgate tenha tido lugar sem que a al-Shaba tenha gasto semanas ou meses fazendo reconhecimento, a planear cuidadosamente, e talvez mesmo realizar treinos sobre a sua operação. Isso não se faz, sem esconderijos seguros, e sem apoiantes, e não se pode colocar os militares a prevenirem isso. Precisa-se de policiamento, de inteligência, e essas são capacidades que são muito, mas muito diferente dos recursos militares.”
Anneli Botha da África do Sul disse por sua vez que mesmo os países considerados de menor ocorrência de ataques terroristas, como a Africa do Sul, precisam reforçar as acções da sua polícia anti-terrorista.
Um porta-voz da polícia de elite sul-africana – Hawks police – disse esta semana que a sua unidade estava a considerar a possibilidade da al-Shabab ter usado o país para angariar fundos e recrutar combatentes. O mesmo negou em revelar mais detalhes sobre as investigações em curso.
As primeiras pessoas que chegaram aos locais onde houve os primeiros disparos de arma no luxuoso centro comercial Westgate em Nairobi foram os polícias.
Eles tinham muito pouco em comum com os soldados fortemente armados e a polícia de elite que mais tarde chegou para a operação de assalto. Muitos até não trajavam uniformes e nem sequer dispunham das devidas protecções como os coletes a prova de bala e capacetes. A maioria dispunha apenas de armas de punho, perante os terroristas fortemente armados e que saldou na morte de 67 pessoas mortas e 61 desaparecidos.
Os quenianos pelo mundo viram essas imagens a serem transmitidas em televisões por todo o mundo.
Bethuel Kiplagat o fundador do Fórum Paz África, um centro de estudos de paz e segurança sedeado em Nairobi. Diz que os quenianos apreciaram a forma como esses polícias agiram.
“Nessas circunstâncias, penso que fizeram um magnífico trabalho, puseram em risco as suas vidas, nós todos os saudámos, tal como fez o presidente ontem. Perdemos alguns dos nossos bravos soldados e polícias nesta extraordinária operação de salvamento.”
Anneli Botha, uma especialista em terrorismo no Instituto de Estudos de Segurança em Pretória na África do Sul, regressou recentemente do Quénia onde pôde ajudar no treino de unidade anti-terrorista da polícia queniana, cujos membros foram enviados para a operação no concentro comercial. Ela diz que a resposta policial no início foi caótica, mas no seu todo, fizeram um bom trabalho.
Antiga capitã da polícia sul-africana, Botha diz que todas as polícias têm um papel a desempenhar na luta contra o terrorismo, desde a recolha de informações, e na investigação cabal dos casos. No que toca as acções militares, ela evoca o caso da Nigéria, no passado, em que segundo ela, há algo que deve ser encarado como a arma essencial na luta contra o terrorismo: o processo judicial.
“Não são muitos os países que apreciam esse papel. As vezes vêem o contra-terrorismo como uma iniciativa a curto-prazo, é uma questão, em que se identifica o individuo mau, prendem-no, ou eliminam-no. Mas nós preferíamos ter mais situações em recorremos a lei. Nesse caso respeita-se o processo e o primado da lei, respeita-se os direitos humanos.”
J. Peter Pham director do Centro Africano do Conselho Atlântico e conselheiro da Africom – Comando dos Estados Unidos para África, diz que apesar dos militares quenianos terem tido sucesso na luta contra a al-Shabab na Somália, os soldados têm menos espaços para combaterem o terrorismo no país.
“É impensável que o ataque do Westgate tenha tido lugar sem que a al-Shaba tenha gasto semanas ou meses fazendo reconhecimento, a planear cuidadosamente, e talvez mesmo realizar treinos sobre a sua operação. Isso não se faz, sem esconderijos seguros, e sem apoiantes, e não se pode colocar os militares a prevenirem isso. Precisa-se de policiamento, de inteligência, e essas são capacidades que são muito, mas muito diferente dos recursos militares.”
Anneli Botha da África do Sul disse por sua vez que mesmo os países considerados de menor ocorrência de ataques terroristas, como a Africa do Sul, precisam reforçar as acções da sua polícia anti-terrorista.
Um porta-voz da polícia de elite sul-africana – Hawks police – disse esta semana que a sua unidade estava a considerar a possibilidade da al-Shabab ter usado o país para angariar fundos e recrutar combatentes. O mesmo negou em revelar mais detalhes sobre as investigações em curso.