O Ministério Público assume que existe, no país, uma cadeia bastante grande de traficantes de seres humanos, que continua a fazer uso de todos os meios possíveis para alcançar os seus objectivos, o que torna difícil o seu combate.
A afirmação foi feita pela Procuradora-Geral Adjunta da República, Amabélia Chuquela, afirmando que apesar da relativa redução do número de casos, este ano, o tráfico de pessoas, sobretudo de albinos, ainda é bastante preocupante.
Mas este é um fenómeno que é exacerbado pela pobreza sobretudo nas zonas rurais, diz o analista Amorim Bila.
Outros analistas dizem que a fragilidade das estruturas de controlo das fronteiras e da circulação de pessoas, facilita a actividade de indivíduos que usam serem humanos para enriquecer.
"Tem que haver uma acção eficaz de coordenação entre as diferentes instituições, para que se possa reduzir a actividade criminosa de grupos organizados com elevados recursos financeiros para a prática de ilícitos", disse o sociólogo Lucas Ubisse.
Por outro lado, Amabélia Chuquela reconhece que tal como o combate, a reintegração das vítimas do tráfico de pessoas, também não tem sido fácil.