O nível geral de preços em Moçambque, mas em particular em Maputo, faz soar alarmes sobre o custo de vida, deixando os cidadãos apreensivos sobre o que pode vir a ser a quadra festiva do Natal e fim de ano que se aproxima.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, o custo de vida no mês de Outubro, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira, foi de 11 por cento, com o preço da comida, bebidas alcoólicas e transporte a pesar mais no bolso do cidadão.
O que as estatísticas revelam é sentido directamente por quem vai ao mercado para as compras do seu consumo familiar.
No grossista do Zimpeto, principal mercado que abastece os municípios de Maputo e Matola, os cidadãos reclamam do custo dos produtos.
“Está difícil. Cada dia que vais ao mercado, os preços estão sempre altos” disse Amélia Lizo, uma das cidadãs interpeladas pela reportagem da VOA, apontando a batata e o tomate, como os que mais peso levam ao seu bolso.
Quem ali pratica a sua actividade comercial reconhece que o custo é cada vez alto, contudo, aponta a época chuvosa e a dependência da vizinha África do Sul, como os motivos da escalada de preços.
O Governo tem vindo a anunciar uma série de medidas para conter o impacto do custo de vida no bolso dos cidadãos, nomeadamente, através do Plano de Aceleração Económica, que incide na actividade industrial, contudo, os sindicatos ainda não veem resultados palpáveis.
“Na verdade, a sensação é de que pouco está sendo feito para aliviar o custo de vida no bolso do trabalhador”, analisa Alexandre Munguambe, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores.
A escalada de preços acontece numa altura em que o país vive sob ameaça de greves em vários sectores da Função Pública, por conta da nova Tabela Salarial Única.
O Governo, através da comissão encarregue por dirimir o assunto, garante que tudo está praticamente apaziguado e, pelo menos no que diz respeito aos subsídios, que era uma das principais reclamações, a questão está ultrapassada.
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