A delação de empresários da JBS impulsionou os brasileiros a saírem novamente nas ruas no fim de semana em 19 estados e no Distrito Federal para pedir o impeachment do Presidente Michel Temer.
Trabalhadores, aposentados, movimentos sociais de esquerda e sindicalistas estiveram à frente dos protestos.
Para o aposentado Raimundo Vale, 70 anos, as manifestações são importantes para garantir o futuro das novas gerações.
"Vivemos um turbilhão de desacertos, falta de ética e de respeito com a população. Elegemos representantes com a finalidade de defender direitos da população e quando lá chegam cuidam de interesses pessoais", disse.
A engenheira Adriana Alves discorda do motivo da manifestação. "Quero novas eleições, mas como manda a Constituição, porque o Lula está usando isso para se candidatar. O que não pode é transformar isso em jeitinho para o retorno dele", lamentou.
Para a bancária Márcia Lima, não há partido quando se refere aos benefícios dos brasileiros.
"Tem que deixar isso de lado. Petista, psdbista, pedetista, estamos aqui por todos. Os movimentos têm que deixar de usar cores relacionadas a partidos, porque isso assusta ou inibe o outro que não comunga da mesma posição partidária a participar. O país está dividido e neste momento é preciso união", ressaltou.
O Presidente está pressionado por todos os lados. Também no fim de semana, a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, em reunião decidiu protocolar nesta semana na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o peemedebista.
Michel Temer fez um novo pronunciamento para se defender. Disse que a gravação de sua conversa com Joesley Batista, dono da JBS, foi ‘manipulada’ e recorreu ao Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito do qual é alvo até que o áudio passe por perícia.