“Eles (Polícia) dispararam, furaram dois pneus da minha viatura e lançaram gás lacrimogénio a um metro de distância”, denuncia Manuel de Araújo, à VOA, em referência ao incidente registado na segunda-feira, 3, durante uma passeata dele e membros do partido Renamo, após a celebração dos Dia dos Heróis, na cidade de Quelimane, capital da província moçambicana da Zambézia.
“Nós esperamos que as entidades venham explicar o que aconteceu. E no final do dia, nosso Gabinete Jurídico vai nos aconselhar o que fazer”, diz Araújo que considera a ação uma tentativa premeditada de intimidar a oposição.
Para Araújo, a ação da polícia reflete uma onda de intimidação que agravou na altura das eleições de 15 de Outubro, com o reforço do contigente policial em Quelimane.
“Há uma tentativa de criar um certo medo nos atores políticos. Mandam recados e o último que recebi dizia que o meu nome faz parte de uma lista de individuos a abater", denuncia o edil que viu a casa da mãe vandalizada em 2019.
Araújo afirma que “no nosso entender, parece que há uma vontade inequívoca do partido Frelimo de voltar ao monopartidarismo. E nós aconselhamos que eles façam essa proposta no parlamento, onde tem manifesta maioria”.
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