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PR de Cabo Verde diz que país tem o dever de ajudar São Tomé e Príncipe


José Maria Neves, Presidente de Cabo Verde, Foto Oficial, 14 Dezembro 2021
José Maria Neves, Presidente de Cabo Verde, Foto Oficial, 14 Dezembro 2021

José Maria Neves propõe apoio directo e através de parceiros internacionais para ajudar o país a enfrentar as consequências das enxurradas de Dezembro

O Presidente de Cabo Verde disse que o país tem o dever de ajudar São Tomé e Príncipe a fazer face às dificuldades provocadas pelas chuvas torrenciais que se abateram sobre aquele arquipélago no passado 28 de Dezembro.

A tempestade provocou inundações, duas vítimas mortais, destruição de pontes e outros avultados danos, levando o Executivo são-tomense a declarar estado de calamidade e a pedir ajuda internacional.

Abordado pela VOA à margem da abertura da Semana da República, na quinta-feira, 13, José Maria Neves afirmou que tanto as autoridades como as empresas e outros elementos da sociedade civil “devem se disponibilizar para ajudar”, numa altura em que o país, que acolhe uma significativa comunidade cabo-verdiana, necessita de apoio.

O Chefe de Estado disse que Cabo Verde está sempre disponível para, também junto de outros parceiros, procurar as melhores vias de apoio ao povo são-tomense.

"Já tivemos no passado, procuramos junto do Luxemburgo recursos para através de uma cooperação tripartida resolvermos um conjunto de acções, acho que também a nível interno temos que fazer um esforço, não só o Estado, como as empresas e os cidadãos no sentido de apoiarmos esse processo de reconstrução após as fortes chuvas que provaram vários danos", realçou o mais alto magistrado cabo-verdiano.

A Semana da República, que se prolonga até 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais, arrancou na quinta-feira, Dia da Liberdade e Democracia, com a apresentação do livro "Noite Escravocrata Madrugada Camponesa", do historiador António Correia e Silva, no salão Beijing do Palácio do Plateau.

A propósito, Neves disse que é “preciso valorizar a história, os símbolos nacionais e valores democráticos para se continuar a projectar o futuro da melhor forma”, daí o simbolismo da semana que terá actividades noutros pontos do país, nomeadamente no Fogo, Cidade Velha, São Nicolau e São Vicente.

O livro de 500 páginas, segundo Correia e Silva, "retrata uma viagem histórica desde a fundação de Cabo Verde, enquanto uma sociedade escravocrata e como se transforma numa sociedade de camponeses, num mundo vasto que vai para São Tomé, nas Antilhas e depois do continente americano".

O escritor justifica o lançamento do livro na quinta feira , 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e Democracia, por se tratar de uma luta que aconteceu pela liberdade no tempo da escravatura.

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