O Governo de Moçambique precisa de 300 milhões de dólares para operacionalizar o Plano de Acção de Reconstrução de Cabo Delgado, nomeadamente nos distritos libertados da ocupação e acções terroristas dos últimos anos.
O valor foi anunciado nesta segunda-feira, 27, pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, durante uma reunião com os parceiros internacionais de cooperação.
Rosário acrescentou que, com a recuperação de Quissanga, Mocímboa da Praia, Palma e Muidumbe, por parte das forças conjuntos, parte da população obrigada a fugir daqueles distritos já está a regressar.
“Esta dinâmica tem que encontrar resposta imediata do lado do Governo, através da criação de condições que garantam a reposição da autoridade administrativa, das infraestruturas básicas e serviços públicos essenciais, tais como unidades sanitárias, abastecimento de água, saneamento, telecomunicações, vias de acesso, energia, protecção social, de entre outros”, justificou o primeiro-ministro.
Do total de 300 milhões que o plano vai custar, “200 milhões são destinados para a implementação de acções de curto prazo, incluindo acções de impacto imediato/quick wins”, referiu.
Carlos Agostinho do Rosário afirmou ainda que este "é um plano de emergência para recuperação pós-conflito que pretende criar condições para a reconstrução e funcionamento normal dos distritos recuperados do norte de Cabo Delgado”.
Os parceiros de cooperação deixaram promessas de aprofundar o plano e avaliar as formas de mobilização de fundos para o financiamento.