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PGR de Moçambique diz que EUA não colaboraram no caso "dívidas ocultas"


Beatriz Buchili apresentou informe sobre estado da Justiça
Beatriz Buchili apresentou informe sobre estado da Justiça

A Procuradora-Geral da República (PGR) de Moçambique, Beatriz Buchili, revelou que os Estados Unidos não responderam aos pedidos de informação no âmbito das chamadas dívidas ocultas, apesar de parte das transações terem sido feitas no território norte-americano.

A revelação foi feita por Beatriz Buchili na apresentação nesta quarta-feira, 24, do seu informe anual sobre o estado da Justiça no Parlamento no qual abordou o caso “dívidas ocultas”, tendo dito que as autoridades judiciais pediram auxílio jurídico a oito Estados.

"Quanto aos Estados Unidos da América, não obstante a articulação estabelecida com as autoridades daquele país, não obtivemos respostas aos quesitos formulados nas cartas rogatórias", reforçou Buchili, insistindo na necessidade de cooperação judiciária com Washington, porque alguns arguidos receberam subornos a partir de transações feitas em território norte-americano.

Na lista dos que não responderam a Procuradoria indicou os Emiratos Árabes Unidos (EAU), onde estão sedeadas as empresas fornecedoras de bens e serviços que receberam os empréstimos concedidos através de dívidas não declaradas nas contas do Estado.

O relatório de 160 páginas, faz uma radiografia da criminalidade e justiça, com destaque para o aumento da criminalidade, com maior incidência para os homicídios, tendo nos ataques armados em Cabo Delgado, a sua face mais hedionda.

O ano de 2018, de acordo com o relatório, “caracterizou-se pelo recrudescimento de homicídios e roubos que, pela forma violenta dos actos de execução e número de vítimas, criaram instabilidade no seio da sociedade”.

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