Os alemães choram as vítimas depois de um médico saudita ter entrado intencionalmente num mercado de Natal repleto de compradores, matando pelo menos cinco pessoas, incluindo uma criança pequena, e ferindo pelo menos 200 outras.
Na sexta-feira à noite, as autoridades detiveram um homem de 50 anos no local do ataque, em Magdeburgo, e levaram-no sob custódia para interrogatório. O individuo vive na Alemanha há quase duas décadas, exercendo medicina em Bernburg, cerca de 40 quilómetros a sul de Magdeburg, disseram as autoridades.
O governador do estado vizinho de Saxónia-Anhalt, Reiner Haseloff, disse aos jornalistas que o número de mortos subiu de dois para cinco e que mais de 200 pessoas ficaram feridas.
Vários meios de comunicação social alemães identificaram o suspeito como Taleb A., ocultando o seu apelido em conformidade com a legislação em matéria de proteção da vida privada, e referiram que se tratava de um especialista em psiquiatria e psicoterapia.
O homem por detrás do ataque
Este sábado, não há ainda respostas sobre as causas que o levaram a atropelar uma multidão na cidade de Magdeburgo, no leste da Alemanha.
Descrevendo-se a si próprio como um antigo muçulmano, o suspeito partilhou diariamente dezenas de tweets e retweets centrados em temas anti-islâmicos, criticando a religião e felicitando os muçulmanos que abandonaram a fé.
Acusou também as autoridades alemãs de não fazerem o suficiente para combater o que ele disse ser o “islamismo da Europa”. Alguns descrevem-no como um ativista que ajudou as mulheres sauditas a fugir do seu país. Também manifestou o seu apoio ao partido de extrema-direita e anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD).
Recentemente, parece ter-se concentrado na sua teoria de que as autoridades alemãs têm como alvo os requerentes de asilo sauditas.
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