A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique criou uma equipa de peritos para orientar metodologicamente a polícia na investigação ao homicídio de Gilles Cistac.
A informação é do PGR Alberto Paulo, citado pelo jornal Notícias, e segundo o qual “a integração do Ministério Público, nos termos da lei, tem a obrigação de orientar metodologicamente o trabalho que é desenvolvido pela Polícia de Investigação Criminal".
"A grande aposta é que seja reunido o máximo de evidências para revelar o que é que aconteceu e quais são as motivações, e, por outro lado, recolher esses elementos dentro da legalidade”, explicou Paulo, para quem “se esse processo não respeitar o que o processo penal dispõe, pode não ser válido".
O assassinato em plena luz do dia numa das áreas mais movimentos de Maputo do constitucionalista e professor universitário Gilles Cistac continua a suscitar reacções e decisões.
Entretanto, ontem, o ministro do Interior, Basílio Monteiro o director-nacional da Polícia de Investigação Criminal (PIC) e nomeou para o cargo Paulo Chachine, exigindo pro-actividade ao empossado.
Em conferência de imprensa hoje em Maputo, o porta-voz do Comando-Geral da Polícia Pedro Cossa revelou que a corporação ainda não tem informações que podem ser tornadas públicas e pediu que “deixem a polícia trabalhar”.
“A polícia prossegue com a investigação, para pôr a mão nas pessoas que mataram o professor", reiterou Cossa.
O corpo de Gilles Cistac está a ser velado hoje em Maputo e na quinta-feira será levado para França, a sua terra natal, onde será enterrado.
O académico foi assassinado na passada terça-feira, 3, à saída de um café em Maputo por desconhecidos.