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Personalidades angolanas dizem que proposta de lei de repatriamento de capitais aparenta ser uma amnistia


Benja Satula um dos subscritores da petição
Benja Satula um dos subscritores da petição

Em petição pública pedem que o Governo accione mecanismos legais junto dos Estados onde os angolanos têm dinheiro obtido de forma ilícita

Um grupo de activistas e personalidades angolanas defendeu que a proposta de lei para facilitar o repatriamento de capitais, aprovada pelo Governo e já no Parlamento, seja alvo de uma "ampla auscultação dos cidadãos" para encontrar o modelo "mais justo".

Activistas angolanos querem debate aberto sobre repatriamento de capitais - 2:10
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Numa petição pública a que a VOA teve acesso figuras como o padre Jacinto Pio Wacussanga, os activistas José Patrocínio e Luaty Beirão, o cartoonista Sérgio Piçarra e o advogado Benja Satula afirmam que a proposta de lei em cima da mesa é uma amnistia, sobre eventuais ilegalidades na origem do desvio de fundos para o exterior do país.

Os subscritores da carta lembram que o Presidente João Lourenço assumiu publicamente que o Estado accionará todos os mecanismos legais à sua disposição para o repatriamento compulsivo de dinheiro a favor do Estado caso não houver a cooperação por parte de "quem detém esse dinheiro ilícito fora de Angola".

Em conversa com a VOA, o advogado Benja Satula afirmou ser importante que a lei seja amplamente discutida que não seja entendida como uma amnistia fiscal.

“Parece-nos uma amnistia fiscal e olho para esta iniciativa como uma amnistia criminal”, sublinhou.

O activista Nuno Álvaro Dala diz que este projecto de lei vem mostrar que João Lourenco está apenas a agir em defesa do grupo a que pertence.

“É mais uma forma que encontrou para agir em beneficio do grupo a que Joao lourenço pertence”, sublinhou Dala.

Na carta, aquelas personalidades defende que o Governo angolano accione os meios legais junto de outros Estados "em cujos bancos comerciais o dinheiro adquirido de forma ilícita está domiciliado", "ao invés de permitir que quem o adquiriu de forma ilícita continue a dispor do dinheiro que efectivamente não é seu por direito".

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