O Programa Alimentar Mundial (PAM) diz precisar de 16,9 mil milhões de dólares em 2025 para combater "níveis alarmantes" de fome.
343 milhões de pessoas em 74 países sofrem de insegurança alimentar aguda, metade encontra-se na África Subsariana.
O número global corresponde a um aumento de 10% em relação a 2023.
Entre os mais de 300 milhões, 1,9 milhões de pessoas que estão à beira da fome, com fome catastrófica registada em regiões como Gaza, Sudão, Sudão do Sul, Haiti e Mali.
Na África Subsariana, mais de 170 milhões de pessoas sofrem de fome aguda.
Os conflitos no Sudão, na República Democrática do Congo e no Sahel que têm afetado a região a par dos efeitos "extremos climáticos" do El Niño, "agravaram a crise".
Gaza, Síria e Iémen destacam-se no Médio Oriente.
Em Gaza, "91% da população sofre de insegurança alimentar aguda e 16% vive em condições catastróficas", pode ler-se no comunicado.
Na Ásia e no Pacífico quase 90 milhões de pessoas enfrentam fome devido a "choques climáticos".
Mais de 40 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar na América Latina e Caraíbas e 14,2 milhões estão identificadas como necessitando de assistência imediata.
É "um ano de crises implacável", diz o PAM.
“As necessidades humanitárias mundiais estão a aumentar, alimentadas por conflitos devastadores, catástrofes climáticas cada vez mais frequentes e grandes perturbações económicas.
No entanto, o financiamento não está a conseguir acompanhar o ritmo", afirma Cindy McCain, Diretora executiva do Programa em comunicado.
Segundo a organização, a falta de financiamento obrigou o PAM a reduzir as suas actividades durante este ano, conduzindo a organização não governamental a "novos desafios".
Os 16,9 mil milhões de dólares pedidos pelo PAM servem para alimentar 123 milhões das pessoas com mais fome a nível mundial em 2025.
O pedido da organização humanitária das Nações Unidas tem por base o relatório anual, que avalia as necessidades mundiais em matéria de segurança alimentar.
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