Responsáveis políticos da oposição em Angola manifestaram-se na Huíla extremamente preocupados com o arrastar da greve no ensino geral.
Volvidos 45 dias da paralisação, alertaram o Governo local a esgotar todos os mecanismos possíveis de diálogo com o sindicato de professores para o consequente retorno às aulas.
Os dirigentes polítcios referem que mais do que as diferenças que separam a entidade patronal e os professores, é fundamental olhar para as consequências graves que a greve está a causar às crianças e ao futuro do país.
O secretário nacional da Juventude Patriótica de Angola (JPA), organização juvenil da Casa-CE, Rafael Aguiar qualifica de vergonhoso o problema "endémico" dos professores na Huíla.
“É vergonhoso que uma província como a Huíla, com as potencialidades que tem, todos os anos enfrente o problema endémico das greves dos professores e a atitude do Governo em relação a esta greve viola a própria constituição e não demonstra que queira resolver o problema”, disse.
O deputado Adalberto Costa Júnior, do grupo parlamentar da Unita e chefe da missão de acompanhamento daquela bancada à província da Huíla, fez saber que depois de ter ouvido o Sinprof e o Governo local concluiu que o consenso é possível.
Adalberto Costa Júnior condenou as posições extremadas de parte a parte, admitiu que a actual situação decorre do adiamento da resolução dos problemas por parte do Governo e que com a abertura ao diálogo entre as partes estão criadas as condições para o fim da greve o mais breve possível.
“ Eu penso que estão garantidas as condições de as pessoas se sentarem e encontrarem pontos de equilíbrio que traguem efectivamente uma solução para beneficiar toda a gente”, disse o deputado da Unita para quem “a perda de imagem quanto a um conflito deste não cessa ao nível das autoridades das províncias”.
A própria classe de professores sofre com a greve, sem falar dos estudantes.
Os professores têm agendado para este sábado, 26, mais uma assembleia, onde deverão receber do sindicato da classe os mais recentes resultados das negociações com o Executivo da província.