Em vésperas da época alta do turismo em Moçambique, operadores do sector pedem ao Governo que retire as restrições em torno do acesso à praia, caso contrário o cenário de grave crise do ano passado pode vir a repetir.
O país é famoso por oferecer uma combinação entre o turismo de sol e praia e o safari, mas depois das perdas acentuadas a chegar aos 90 por cento no ano passado devido à pandemia, o actual encerramento das principais praias do país, como medida de prevenção à propagação da Covid-19 preocupa a Federação Moçambicana de Turismo.
A associação, segundo Muhammed Abdulah, teme que" as reservas efectuadas para esta época sejam canceladas, aumentando o cenário de perdas", segundo revelou Muhammed Abdulah.
Em 2020 o país registou uma redução na entrada de turistas em cerca de 53 por cento, com a maior queda no período de pico.
Por temer que este cenário se repita nos meses de Dezembro e Janeiro, período de alta no qual as praias poderão continuar encerradas, os operadores sugerem o relaxamento da medida anunciada pelo Presidente da República.
Cerca de 12 mil trabalhadores do sector do turismo continuam no desemprego, desde que perderam os seus contratos devido à crise causada pela pandemia da COVID-19.
Com efeito, apenas seis mil de um total de 18 mil conseguiram a recolocação no mercado de trabalho.
Para Albino Marreleco, do sindicato dos trabalhadores do sector, o relaxamento das restrições e o processo de vacinação dos funcionários das instâncias turísticas podem ser vistos como indicadores para a salvação da actividade.