A Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a nomeação do presidente do Zimbabwe Robert Mugabe para o posto de “Embaixador de Boa Vontade” da organização.
O director da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que tinha tomado a decisão de retirar a nomeação depois de ter “ouvido cuidadosamente todos que tinham expressado preocupação e ouvido diferentes questões que foram levantadas”.
“Mantive também consultas com o governo do Zimbabwe e concluímos que esta decisão é do melhor interesse da Organização Mundial de Saúde”, disse o director da OMS.
Tedros Ghebreyesus, que foi nomeado para o cargo em Julho, tinha anunciado a nomeação de Mugabe há dois dias durante uma conferência no Uruguai, afirmando que o Zimbabwe poderia “influenciar os seus parceiros na região”, ao mesmo tempo que saudou o empenho do país em fornecer cuidados de saúde para todos.
Contudo mais de duas dezenas de organizações emitiram uma declaração condenando a decisão, afirmando terem ficado “chocadas e profundamente preocupadas” com a decisão, citando abusos de direitos humanos do presidente Mugabe e afirmando que o sistema de saúde do Zimbabwe foi destruído durante o governo de quase 30 anos do presidente zimbabwiano.
Os Estados Unidos descreveram a nomeação de Mugabe pelo primeiro presidente africano da OMS como uma “desilusão”.