O coordenador do Observatório Eleitoral Angolano (ObEA), Luís Jimbo, considera que as eleições em Angola deixaram de ser um espaço privilegiado para o aumento da democracia e da reconciliação entre os angolanos e se transformaram num elemento de medo, suspeição e de violência verbal entre os políticos.
O responsável cívico disse que o ambiente de crise eleitoral em curso não difere daquele que se viveu depois da primeira eleição multipartidária em Angola e que resultou no regresso à guerra.
Luís Jimbo entende que os líderes dos principais partidos angolanos, (UNITA e MPLA) deviam enveredar por um discurso de verdadeira reconciliação e de paz ao invés de agitarem o espantalho de uma guerra, terminada há mais de 15 anos, e quase desconhecida por grande parte dos actuais eleitores.