Um dia depois de ter apresentado o Estado da Nação, o Presidente de Mocambique Filipe Nyusi voltou a falar ao país, desta feita para apresentar a mensagem por ocasião do Natal e Fim-de-ano.
Ele destacou o mais importante deste ano, mas a oposição lembra que o Governo não conseguiu garantir o bem-estar das pessoas.
"O terrorismo e eo extremismo violento afectaram brutalmente alguns distritos de Cabo Delgado e os ataques da auto-proclamada junta Millitar da Renamo que atingiram o centro do país, isto é Sofala e manica, a sinistralidade rodoviária nas nossas estradas causa vítimas humanas e danos materiais avultados, são alguns dos factos que marcaram negativamente este ano prestes a terminar", referiu Nyusi.
Sobre o desempenho macro-económico, o Presidente Nyusi destacou que “um crescimento acumulado de 1.78%, o que nos permite projectar um crescimento de 2.1% até ao fim do ano".
Para o ano 2022, Nyusi augura um Moçambique melhor, com destaque para criação de emprego para os jovens.
"A juventude é o futuro de uma nação e o nosso desafio é continuar a formar e promover oportunidades de emprego, e o trabalho para a juventude, absorver o mais rapidamente o novo trabalhador na força de trabalho e empregos dignos. Com o final de mais um ano, e em jeito de balanço, permanece em nós o compromisso de continuar firme na luta para a melhoria das condições de vida e para o desenvolvimento do nosso país", considerou o chefe de Estado.
Oposição diz não há bem-estar
Para o presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), no ano que está a terminar o Governo de Filipe Nyusi não conseguiu garantir o bem-estar do país, exemplificando com o que a realidade do sector da saúde e agricultura.
"Muitos hospitais estão a enfrentar o problema de falta de medicamentos, os hospitais públicos estão em crise e com falta de medicamentos e também falta de reagentes para fazer as análises dos doentes, o Presidente falou tanto do desenvolvimento da agricultura e de produção de comida, não se pode falar da produção agrícola sem que haja infraestruturas", disse Lutero Simango.
No discurso sobre o estado da nação ante o Parlamento na quinta-feira, Filipe Nyusi, durante três horas, disse que o país é "recomendável."