O presidente moçambicano Filipe Nyusi felicitou a Renamo pela passagem do primeiro ano após a assinatura de um acordo de paz, a 6 de agosto de 2019.
“Saúdo o Partido Renamo por continuar empenhado mo processo de paz e assegurar que esta vez a paz se torne uma realidade na zona centro de Moçambique”, lé-se na mensagem de Nyusi.
Na mesma, Nyusi diz que “o percurso foi repleto de desafios, tivemos de navegar pelas tormentas para mantermos o nosso rumo para a paz, um desiderato que não se afigura fácil. O Acordo de Paz e Reconciliação foi o culminar de uma etapa do longo processo de diálogo político que encetamos com a liderança da Renamo”.
E o líder da Renamo, Ossufo Momade, aproveitou a data para, mais uma vez, reiterar o seu compromisso com o que assinou e exortou os elementos da Junta Militar abandonarem os actos de violência e juntarem-se ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR)
O representante especial do Secretário Geral das Nações Unidas em Moçambique, Embaixador Mirko Manzoni, disse que “o momento de destaque nos últimos 12 meses foi o reinício das atividades de DDR em Savane, Dondo, na presença dos dois líderes, que testemunharam o regresso a casa de 304 ex-combatentes”.
O diplomata lamentou que em meio a avanços sobre o DDR, haja ainda ataques no centro do país.
Embaixada americana reafirma o apoio
Por seu turno, a Embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo diz que “acordo de paz e o acordo de cessar-fogo permanente continuam a manter o compromisso de uma nova era livre de conflitos” em Moçambique.
Em mensagem alusiva ao primeiro ano do acordo, a embaixada americana louva Nyusi e Momade pelo “empenho continuado durante o ano passado em trabalhar para o cumprimento dos objectivos do acordo de cessar-fogo e de paz”.
Para a Embaixada, “O regresso à vida civil de 554 ex-combatentes da Renamo é uma realização de que ambos os lados se podem orgulhar, ” daí que encoraja a continuidade do processo de reintegração dos ex-combatentes da Renamo, que deve ser concluindo em 2021.
A Embaixada diz também que os Estados Unidos continuam a apoiar o processo de paz através do quadro do Grupo de Contacto Internacional, e reafirma que a “paz e estabilidade são pré-requisitos para a construção de uma democracia forte e vibrante”.