Duas semanas depois de os governos de Moçambique e da África do Sul terem decidido reabrir e reforçar a segurança na fronteira de Ressano Garcia, depois dos protestos terem levado ao seu encerramento, o Presidente moçambicano visitou nesta terça-feira, 31, o local e afirmou ter visto “o renascer da esperança da população e das comunidades, que nunca quiseram parar”.
"O movimento está bom. Ficou claro que o ritmo da vida está a retomar e gostaríamos que continuássemos com esta consciência. As populações já viram que aquele não é o caminho para resolvermos os nossos problemas”, disse Filipe Nyusi a jornalistas.
O Chefe de Estado revelou ter conversado com “algumas pessoas com as quais conversei, (que) tinham opiniões diferentes, mas ficou claro que dá para conversarmos".
A fronteira foi um dos palcos dos protestos contra o que a oposição chamou “fraude eleitoral” que deram também origem à vandalização de insfraestruturas, e que levaram ao encerramento de Ressano Garcia.
A fronteira chegou a ser encerrada do lado moçambicano.
Além de carros queimados, destruição de insfraestruturas, a 13 de outubro, um produtor que transmitia manifestações nas redes sociais morreu ao ser atingido por uma bala da polícia quando tentava dispersar as pessoas.
No passado dia 18, os ministros do Interior de Moçambique e das Relações Internacionais e da Cooperação da África do Sul decidiram manter a fronteira aberta e reforçar a segurança das infraestruturas que garantem o fluxo do comércio entre os dois países.
No encontro mantido em Malelane, na província sul-africana de Mpumalanga, Pascoal Ronda e Ronald Lamola reconheceram que muitas empresas sofreram enormes perdas e que era urgente garantir que os protestos não afetem o comércio.
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