Juízes de crimes de guerra condenaram, esta terça-feira, 27, o ex-rebelde islamita Ahmad al-Faqi al-Mahdi, a nove anos de prisão pela destruição de santuários sagrados no Mali, em 2012.
Dez dos mais importantes locais de Timbuktu foram atacados e destruídos, em Julho de 2012, numa acção de guerra destinada a atingir a alma das pessoas, disse o juíz que dirigiu o caso, Raul Pangalangan.
Este é o primeiro caso sobre a destruição do património cultural a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia, Holanda.
Em Agosto, al-Mahdi pediu perdão e disse que tinha sido influenciado por uma "onda de mal" pelos grupos Ansar Dine Al Qaeda, que haviam tomado controlo daqueles locais ancestrais.
Os procuradores haviam exigido uma pena de nove a onze anos para al-Mahdi, que acompanhou calmamente a leitura em voz alta da sentença.
Os juízes disseram que a sentença levou em conta o remorso e cooperação de al-Mahdi no tribunal.
Ele admitiu o envolvimento na destruição de importantes mausoléus históricos e locais religiosos em Timbuktu, que datam do século XIV.