A mutilação genital feminina (MGT) na Guiné-Bissau é crime desde 2011, mas desde enao, apenas 15 casos foram julgados e, na sua maioria, os condenados ficaram em liberdade.
O país tem uma das taxas mais elevadas de África, com 52 por cento de sobreviventes a esta prática considerada uma das mais cruéis contra mulheres.
Nesta quinta-feira, 6, em que se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital, cerca de 10 mil pessoas, entre estudantes, professores, ativistas, diretores de escolas, pais e encarregados de educação e ativistas protagonizaram uma marcha que termina num evento presidido pela ministra da Mulher, Familia e Solidariedade Social e no qual estiverem presentes representantes de organizações da sociedade civil e internacionais.
O ato realizou-se em Bafatá, onde mais de 86 por cento das mulheres são sobrevientes da MGF.
A presidente do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas (CNAPN) diz que ainda há muito para acabar com o este fenómeno na Guiné-Bissau.
Marliatu Djaló Condé falou com a Voz da América sobre a situação no país e os desafios que os ativistas e a sociedade enfrentam.
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