A Polícia de Manica, disse ter abortado um caso de tráfico de menores, num esquema evoluído, ao deter duas mulheres que se envolveram num negócio de “doação” de um recém-nascido.
A Polícia diz que uma jovem grávida, supostamente sem condições económicas, entregou a sua filha a uma outra mulher, forjando os dados de nascimento do bebê a favor da segunda.
Este é o primeiro caso de tráfico de menores com a tipificação de fraude de registo reportado, este ano, pelas autoridades policiais dda província.
No entanto, a Polícia admite que casos de género podem estar a passar despercebidos, com raparigas que estiveram grávidas e nunca foram vistos com os seus filhos, podendo as crianças estarem a ser colocadas num circuito de tráfico.
A jovem grávida recebeu a proposta da segunda mulher, para que abrisse, durante a gestação, a ficha pré-natal em seu nome e que depois do parto a entregasse a criança para cuidados.
No caso, a jovem parturiente seria contratada como empregada doméstica na casa da mulher para cuidar da amamentação, nos primeiros seis meses de vida, em troca de valores não mencionados.
O caso só chegou à Polícia após denúncia da madrasta da parturiente.
“As duas serão indiciadas de crime de tráfico de menor e falsas declarações sobre o nascimento e morte de menor”, disse Mateus Mindu, porta-voz do comando provincial Polícia de Manica.
Maria Mateus, a jovem parturiente disse que a sua acção foi causada pela pobreza.
Por seu turno, Debora Samson, a mulher que recebeu de “doação” a criança, disse ter ficado com a criança para evitar um caso de infanticídio, porque a parturiente prometia deitar a crianças o parto.